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Respirar é preciso

  • Foto do escritor: A.C S.M
    A.C S.M
  • 31 de out. de 2024
  • 3 min de leitura



Hoje estou aqui para trazer um tema importante. Uma coisa que vem me perseguido durante esses dias e que, provavelmente, já perseguiu você.


Já estamos em 31 de outubro, último dia do mês, prestes a entrar em novembro e, antes de dar conta, estaremos em frente a árvore de natal. Tudo bem! Não fiquem ansiosos, vou um pouco mais devagar, assim conseguem me acompanhar e evitamos surtos indesejados.


Sempre gostei de datas comemorativas, festividades são sinônimo de passar ao lado da família, reaproximação e - claro - comida. Contudo, esse ano em especial, parece que o tempo correu por entre meus dedos e, não é que eu não esteja feliz, mas é que uma parte insegura de mim carrega o sentimento ruim de que não aproveitei o bastante.


Cada momento que vivenciei, cada risada que dei ou ganhei, tenho a vaga impressão de que elas viraram memórias rápido demais. Confesso que culpo as circunstâncias atuais, em que me vejo como uma futura universitária e desempregada ou, no pior de tudo, uma vestibulanda fracassada.


Nessa etapa considerada a primordial (capaz de definir uma vida) reconheço que é comum me sentir dessa forma, não quer dizer que eu goste disso, mas é normal e não há muito pra onde correr. Fugir pode ser pior do que aceitar, ficar presa em estado de negação é como mascarar a realidade.


E a realidade é que um vestibular não irá definir sua vida, suas escolhas a partir dele que irão traçar sua história. O que você vai fazer com seu resultado, por exemplo, se vai desistir ou persistir.


Nossas escolhas podem definir, nós podemos, não um pedaço de papel. Talvez seja mais um dos meus surtos (ou apenas culpa dos hormônios) mas o ponto é que todos irão passar por isso e, não é porque todos irão passar, que não devemos nos esforçar.


Cada esforço é valido, não martirize ou exija muito de si mesmo. Cada corpo tem seu limite, um passo por dia é importante, não diminua seus feitos e, principalmente, evite comparações desnecessárias.


O tempo é efêmero, fato. Contudo, aproveitá-lo é uma dádiva que nos é concebida a cada hora, cada minuto, segundo, semana, mês, ano...Enfim, pode ser que tenha a sensação de não ter vivido aquela idade ou passado depressa por uma paisagem, mas faça uma lista.


Convido você a relembrar o que passou, os acontecimentos desse ano. Vale de tudo, desde superações, até dias considerados tediosos e comuns, qualquer coisa serve! Quero mostrar que, assim como eu, você vivenciou coisas boas (e coisas ruins) mas, acima de tudo, você viveu.


Provas podem assustar, não só as feitas de papel, mas também as que a vida nos dá. Nem tudo acontece da maneira que planejamos ou temos anexado em nosso roteiro mental.


As coisas são surpreendentes.


Saiba que respirar é preciso. Talvez não tenha escutado isso hoje, mas espero que, ao ler, tenha tido o mesmo efeito que teve em mim enquanto eu escrevia.


Esse texto pode ter ficado confuso, mas eu estou meio confusa agora, então não me admira que ele espelhe minha tempestade interior.


Explore, cante, experimente, dance, leia, veja filmes, coma uma comida saborosa (aquela que dá um quentinho confortável. Sem culpa) e se permita conversar com aqueles que se importam com você. Em hipótese alguma se isole.


Acredite, sinto vontade de me recolher todos os dias e ignorar todos os meus compromissos e responsabilidades sociais, mas ultimamente ando definindo o que é, de fato, melhor pra mim. E, acabei descobrindo da forma mais difícil, que ficar sozinho está fora dessa listagem.


Fiquem bem confortáveis e descansados! Para aqueles que enfrentarão o enem, realizem uma prova tranquila e, lembre-se, o tempo não é seu inimigo.


Como dizia uma certa música brasileira, temos todo o tempo do mundo.




🔊 Ouvindo:

o som das cortinas balançando com o vento.




 
 
 

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