Enfim felizes para sempre

Queridos leitores, hoje apresento para vocês a resenha que eu tanto aguardava pra fazer. Torci todos os dedos dos pés e das mãos durante toda leitura e estou digitando com a língua agora.

Depois de ficar ABALADA com o final do segundo livro, demorei MESES para absorver até que, enfim, descobri que teria uma sequência. Mas somente em FEVEREIRO do ano que vem.

Entrei em choque, meu mundo desabou.

Terminei a balada do felizes para nunca sedenta por mais. Stephanie Garber teve esse efeito em mim nessa amada trilogia, me deixou mais ansiosa do que Caraval.

Implorei para cada estrelinha que brilhava no céu, me sentia a Tiana pedindo para a Evangeline. Toda noite procurava informações da continuação e, TARÃ, alguns meses depois já o tinha em mãos.

Ganhei de presente de uma pessoa mais que querida, alguém essencial em minha vida. Para minha tristeza, o livro que esperei MESES para ler, acabei em menos de uma semana.

Essa é a vida do leitor desesperado, meus queridos.

Na premissa acompanhamos a jovem princesa Evangeline com o seu tão sonhado felizes para sempre. Ela e seu príncipe (Aptormentado) vivem em um castelo digno de contos de fada e era o que ela estava sentindo, parte de contos encantados românticos. Ao menos deveria sentir.

Como muitos sabem, que não é spoiler pra ninguém que já tenha lido ou faça parte do booktok, nossa querida protagonista perde as memórias no final do último livro.

Nesse então, vemos uma parte angustiada da personagem, sabendo que algo estava faltando (ou alguém) carregando um enorme vazio em seu peito. Ela se sente estranha, longe de estar completa, como se sua mente fosse um livro com páginas faltando.

Ela sente que não merece um final feliz (tampouco que queria, de fato, isso) as coisas não pareciam ter mais sentido, não sem um certo arqueiro convencido.

Apenas digo que não é só ela que está sofrendo. Compartilhando não dois, MAS TRÊS, pontos de vista, vemos nitidamente o efeito devastador causado em Jacks, consequência do último evento com sua raposinha.

Ele fica perdido, vulnerável e sujeito a escolhas impulsivas apenas para se livrar de seu amor fatal por Evangeline. Mal ele sabia que a garota perdendo as memórias seria apenas o ponto de partida para se apaixonarem de novo (ela, principalmente)

A maneira como a autora narra em terceira pessoa, conseguindo mostrar a essência de cada personagem me marcou de uma maneira positiva. É quase mágico o que fez, aproveitou da melhor forma possível a visão de Jacks e Evangeline (não mencionarei o terceiro elemento, pois sua existência neste blog é ESTRITAMENTE proibida e ignorada)

Mas podem chamar ele de Aptormentado, eu deixo.

Cada cenário despontou na minha cabeça como um filme, não do estilo Disney, mas algo tão bom quanto. Repleto de fantasia, momentos que te prendem e interações que mexem com os leitores, testando cada um e arrancando algo.

Livro bom é assim, minha gente. Nos faz sentir, não importa o que, mas sempre arrancam alguma coisa para, só no final, acabarem com a necessidade de gritarem para o mundo saber da existência daquela obra.

Dei mais de cinco estrelas FÁCIL FÁCIL.

Primeiro livro do ano e não poderia ter escolhido melhor. Sou suspeita para falar, mas se você, por um acaso, vive em uma caverna e não tenha lido a trilogia, recomendo de olhos fechados e abertos.

Uma dica, leiam Caraval primeiro. Essa leitora aqui não se ligou que nosso querido arqueiro, antes de ter um livrinho só dele, marcou presença lá nesse universo.

Comecei pelo final, eu sei, eu sei. Errei, fui moleca :(

Enfim, fique aqui uma menção honrosa para as vozes da minha cabeça que APENAS AFIRMARAM que Beginning Middle End é a trilha sonora desses dois.

- Sou despedaçado. Gosto de coisas despedaçadas. Ás vezes tenho vontade de te despedaçar.

- Então me despedace, Jacks.

Não sei porque, mas eu ri nessa hora.