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E foi assim que começou

  • Foto do escritor: A.C S.M
    A.C S.M
  • 29 de jan. de 2024
  • 3 min de leitura

Atualizado: 19 de mai. de 2024



Desde que me entendo como leitora nossa querida Colleen Hoover bomba nas redes e no quarto das pessoas, quando o assunto é lágrimas e muita dor emocional em cada página dos seus livros.


Sempre relutei com a ideia de ler É assim que acaba, NO ENTANTO, mesmo sabendo toda história por alto porque não vivo em uma caverna (obrigada, booktok) decidi simplesmente ler.


Vou logo avisando que o foco das minhas resenhas não é dar spoiler, mas se em algum momento me emocionei e disse algo que não devia, perdoem que sou humana e uma leitora extremamente alterada.





  1. INTRODUÇÃO


Lily Bloom é uma jovem que tenta tomar um rumo diferente e reconstruir sua vida após um relacionamento abusivo. O livro aborda recomeços, superação e violência doméstica tanto psicológica, verbal e física.


Nessa jornada nada é fácil e, por mais que a protagonista não meça esforços para superar o ocorrido, aguentar o peso sozinha é exaustivo. Em uma hora cedemos.


E o CEDER é realmente uma questão de vida ou morte em situações assim.



2. RESENHANDO


O que, de fato, me levou a ler surpreendentemente não foi o Atlas (mesmo que eu quisesse ver em ação o queridinho das leitoras) e O HOMEM é realmente tudo que falavam e MUITO MAIS.


Sempre tive certa curiosidade para ler e tirar minhas próprias conclusões porque APESAR de acharmos saber da história, nada se compara com a sensação de ler E SENTIR.


Não me arrependo, pelo contrário, talvez meu único arrependimento seja não ter deixado um lencinho separado. Pouparia todas as pausas que precisei fazer para pegar papel e interromper a leitura.


Por ter fundamentos reais, não vejo É assim que acaba como uma ficção, tampouco um romance. Retrata vivências reais de uma mulher como nós e trata de maneira que evita a romantização e assuma o lado problemático que, infelizmente, muitas percebem tarde demais.


Vale ressaltar que o foco não é Atlas e Lily, por mais que sejam o casal e tenham um grande enredo desenvolvido por trás


Há menções do passado da protagonista, casando passado com presente. Revela o ambiente conturbado e sensível em que vivia durante a adolescência, seu pai em constante conflito e demonstrando comportamentos agressivos com sua mulher e mãe de Lily.


Menção honrosa para mãe de Lily que, após altos e baixos, recobrou forças e, assim como a filha fez, reergueu-se. O exemplo de situação que deveria não ser normalizado, mas que muitos não entendem o que realmente acontece e a razão das vítimas ficarem convivendo com o agressor por anos.


Entre elogios e ofensas, acredito fielmente na minha experiência de leitura. Li em uma tarde, tamanha era minha ansiedade. Engoli as palavras da Colleen como se fosse a melhor refeição do mundo.


A construção de Lily e R (me nego a digitar o nome) desde o início foi fundamental para que o leitor consiga entender o porquê, numa relação como esta, a vítima tende a não saber definir se o parceiro é aquele por quem se apaixonou, ou apenas um agressor (o que nunca, aos olhos do amado, vai ser. Pelo simples fato de ter amor envolvido e um relacionamento)


Recomendei para uma pessoa querida que passou por uma situação próxima de intimidação em casa, alertei dos gatilhos, obviamente. A pessoa em questão leu e ainda se emocionou, disse que foi essencial e que gostou bastante das verdades, se sentiu acolhida pela autora.


Apesar de entender o ponto de vista de Lily, confesso que mal consegui ler certas páginas. Me doeu tanto, comecei a chorar sem pensar e senti uma repulsa enorme. Admiro sua determinação, não só como protagonista, mas como pessoa, principalmente como mulher.


Em sua situação não teria forças, desabaria assim que descobrisse uma gravidez. Ainda mais de alguém como ele. Dada as circunstâncias Lily Bloom foi uma puta heroína, assim como toda mulher que foi sujeita a isso e sobreviveu.


Sempre auxiliem e estejam presente na vida das pessoas queridas para você, nunca se sabe o que elas estão passando. Escute, depois diga algo quando precisar.


Enfim entendi o hype e achei merecido, prometeu e entregou uma chuva de emoções e aflição pela situação. Lendo sem poder fazer nada, acho que alguém querido de fora se sente exatamente assim.


Agora, no final dessa resenha, afirmo com todas as letras possíveis que me converti a ATLAS CORRIGAN. Não sei se estou preparada para o filme, apenas desejo que já elaborem uma continuidade porque nosso mendigo merece.


Nós, seres humanos, não podemos aguentar sozinhos toda nossa dor. Às vezes, precisamos dividi-la com quem nos ama, assim o peso não nos faz desmoronar.

STATUS ATUAL: desejando um buque de cookies.







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